Considerado por muitos como o maior artista francês da história, Charles Aznavour é a prova de que não há idade para brilhar.
Se há um artista que conseguiu atravessar gerações com suas canções inesquecíveis, ele atende pelo nome de Charles Aznavour. Aos 92 anos, ele permanece mais ativo do que nunca, fazendo shows pelo mundo todo.
Charles volta ao Brasil em março de 2017, com apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Imperdível!
Na verdade, este memorável cantor, compositor e ator francês anunciou em 2006 sua “Farewell Tour”, ou seja, uma turnê de despedida. Mas o sucesso dessa turnê foi tamanho, que o artista resolveu permanecer na estrada e aumentar a lista dos mais de 90 países pelos quais já se apresentou.
São mais de 100 milhões de discos vendidos, mais de 600 músicas gravadas, quase 300 álbuns lançados, participação em mais de 60 filmes e o respeito por parte de público e crítica, algo muito difícil de se obter de forma simultânea e unânime durante um longo tempo.
Charles Aznavour nasceu em Paris em 22 de maio de 1924, filho de um cantor e uma atriz oriundos da Armênia. Sua carreira no cenário musical se iniciou na década de 1940, como intérprete e compositor. Aí, um encontro marcou sua vida para sempre.
Após ver uma apresentação do cantor em uma emissora de rádio, no final dos anos 1940, ninguém menos do que Edith Piaf, a grande diva da canção francesa, o levou para abrir seus shows em uma turnê pela França e EUA. O cantor, inclusive, morou durante um período com ela, que gravou algumas de suas composições, assim como outros importantes cantores franceses.
O sucesso também como intérprete ganhou força a partir da década de 1960. Sua capacidade de entreter as plateias nos shows o ajudou nesse sentido, além do talento para escrever canções em francês, inglês, italiano, espanhol e alemão.
Com o tempo, seus hits se espalharam pelo mundo afora, entre os quais maravilhas do porte de “She”, “The Old Fashioned Way”, “La Bohème”, “Yesterday When I Was Young”, “Que C’Est Triste Venise” e “L’Amor C’est Comme Un Jour”, só para citar algumas.
Nos últimos 40 anos, o artista se apresentou pelo mundo afora, sempre com casa cheia, e teve suas músicas gravadas por nomes como Elton John, Sting, Bob Dylan, Placido Domingo, Céline Dion, Julio Iglesias, Liza Minnelli, Ray Charles e Elvis Costello.
Não é de se estranhar que, em 1988, ele tenha sido eleito o entertainer do século XX pela CNN e Time. Nada mais justo, para um artista que supera as barreiras culturais e linguísticas, além de sempre estar engajado em causas humanitárias e culturais.